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ÁGATA 6

Começa Operação para combater ações ilícitas na fronteira Oeste

Publicado: 2012-10-10 21:11:00

Começou nesta terça-feira (9/10), a sexta edição da Ágata, Operação realizada com o objetivo de combater atividades ilícitas em áreas fronteiriças. Dessa vez, o Ministério da Defesa e demais Agências Governamentais empregam aproximadamente 10.000 militares e civis na vigilância dos 4.216 quilômetros de fronteira do Brasil com a Bolívia e o Peru.

“É uma operação que exige uma grande coordenação e controle”, explicou o General João Francisco Ferreira, em entrevista coletiva realizada no Comando Militar do Oeste, em Campo Grande (MS). Estavam presentes também representantes da Marinha do Brasil, da Força Aérea Brasileira e das organizações ligadas aos dez Ministérios que participam da Ágata 6.

Ao todo, são 20 agências governamentais envolvidas, entre as quais a Polícia Federal, a Receita Federal, a ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), o Ibama, o ICMBio (Instituto Chico Mendes), a Funai, a DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral) e a ANP (Agência Nacional do Petróleo). Setores de segurança pública estaduais e municipais, como polícias militares e civis e guardas municipais, também foram mobilizados para atuar na operação.

Na Ágata 6 também são empregadas 26 aeronaves da Força Aérea, entre elas aviões de caça e dois Veículos Aéreos Não-Tripulados (VANT); embarcações da Marinha, incluindo navios-patrulha e navios-hospitais; e blindados do Exército. O aparato logístico, que dá apoio a esse efetivo, emprega outros 10 mil homens em atividades como transporte, saúde e alimentação. Parte dos militares dedica-se também à realização de atividades cívico-sociais, em apoio a comunidades carentes.

Plano de fronteiras
Instituído por decreto nº 7.496/2011, da presidenta Dilma Rousseff, o Plano Estratégico de Fronteiras (PEF) prevê a realização intercalada de duas operações: Ágata, sob comando do Ministério da Defesa, e Sentinela, do Ministério da Justiça. Para isso, a cada edição os comandos militares desenvolvem planejamento no período que antecede o início do emprego das tropas.

Em 2011, foram realizadas três edições da Ágata, com o patrulhamento de 11.632 quilômetros, na extensão compreendida entre Chuí, no Rio Grande do Sul, e Cabeça do Cachorro, no Amazonas. Em maio, com a Ágata 4, quando foram percorridos mais 5.240 quilômetros até Oiapoque, no Amapá, as Forças Armadas concluíram toda a fronteira brasileira com os dez países sul-americanos.

No último mês de agosto, as Forças Armadas retomaram a ação do plano estratégico com a Ágata 5, desencadeada num trecho que cobriu do Chuí a Corumbá. Para o chefe do EMCFA, general José Carlos De Nardi, o aparato militar amplia a sensação de segurança da população e coíbe ilícitos que vão além do tráfico de drogas, armas e contrabando.

“Em cada trecho há determinado tipo de delito. Enquanto no Sul verifica-se, por exemplo, roubo de animais e contrabando, no Centro-Oeste deparamos com o narcotráfico e no Norte do país a ação do garimpo, contrabando de madeira e tráfico de armas. O importante é que a Ágata permite às Forças Armadas produzir o mapeamento de todos os crimes transfronteiriços”, afirmou o general.

Resultados das operações
A cada edição da Ágata, aumenta a adesão de organismos, o que contribui para robustecer os resultados das operações. Nas três edições do ano passado, por exemplo, foram apreendidos 20 caminhões, 59 motos, 332 quilos de maconha, 19,5 quilos de cocaína e oito toneladas de explosivo. Já em 2012, apenas na Ágata 5 foram feitas 268 inspeções em embarcações e 41.301 veículos leves foram vistoriados. Cerca de 880 quilos de maconha e cocaína foram apreendidos, além de 11.730 quilos de explosivos.

Para o Tenente-Brigadeiro do Ar Ricardo Machado, Chefe de Operações Conjuntas do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), a presença militar na fronteira sinaliza para as organizações criminosas que o governo está atento ao que acontece em cada região. Segundo ele, a Operação Ágata utiliza armamentos com munição real, diferentemente do que ocorre na Operação Amazônia, ocorrida recentemente no Norte do país, que teve por finalidade adestrar as tropas. “A Ágata é uma ação real. Os militares têm o poder de polícia numa área de até 150 quilômetros da linha de fronteira,” disse.

Ações cívico-sociais
Além do combate aos crimes na região de fronteira, a cada edição os militares promovem ações cívico-sociais (Acisos), com o objetivo de levar o atendimento médico-odontológico aos locais carentes. O balanço das cinco operações Ágata indica 14.598 serviços odontológicos e 18.798 atendimentos médicos. No período, 10 mil pessoas foram vacinadas e 181.022 medicamentos foram distribuídos.